segunda-feira, 23 de novembro de 2009

AS OBRAS (Tecnologia tipo-I)

Materiais artificiais não sintéticos
Os mais utilizados na construção actualmente são os materiais cerâmicos, os aglomerados, alguns metais e ligas e também o vidro.

Materiais cerâmicos
Os Materiais cerâmicos são os que se fabricam a partir da mistura de argila com outros componentes: água, corantes e fundentes e que são depois submetidos a um processo de coação a altas temperaturas. Tendo em conta o tipo de argila utilizado e a temperatura de coação, distinguem-se os seguintes materiais cerâmicos;
Terracota: são materiais fabricados à base de terracota, distinguindo-se entre eles as lajes, as telhas e os azulejos.

Grés: os azulejos de grés parecem-se com os azulejos. São, contudo, anis compactos e menos porosos pois são feitos à base de uma argila especial cozida a uma temperatura mais baixa.

Porcelanas: fabricada à base de caulino de caulino, a porcelana é cozida a mais de 1.000 graus e revestida de uma camada de esmalte.

Refractários: produtos capazes de resistir a temperaturas altíssimas sem sofrer alterações devido à sua baixa condutividade térmica.

Materiais aglutinantes
Os materiais aglutinantes mais utilizados são a cal, o gesso e o cimento. Existem dois tipos de cal: a cal viva e a cal hidratada.
O gesso é obtido através da desidratação da pedra de gesso e o cimento mediante a coação de uma mistura de pedra britânica, argila e diversos aditivos segundo o tipo de cimento desejado.
Os produtos aglutinantes mais utilizados na actualidade:
Morteiro: obtido a partir da mistura de aglutinante, cimento ou cal, água e areia. Acabando por endurecer em contacto com o ar e adere aos materiais porosos. O morteiro, obtido manualmente ou através de misturadoras mecânicas, classificam-se segundo as suas propriedades e as proporções dos ingredientes que o compõem.
A qualidade dos morteiros pode ser alterada através de diversos produtos químicos, ditos aditivos, para melhorar adequar o aglomerado a determinada situação ou utilização. Entre os produtos aditivos encontram-se os anticongelantes, os acelerantes, os arejantes, etc.

Betão: obtido através da mistura de cimento, água areia e pedra britada, o betão é o material por excelência da construção moderna. Apreciado pela sua durabilidade, resistência à pressão, plasticidade e facilidade em ser transportado e colocado sem perder a homogeneidade.

O betão pode ser de vários tipos.
O arenoso: pobre em cimento e pouco resistente, e o de enchimento, mais comum e mais resistente que o anterior, são dois tipos de betão normalmente utilizados em revestimentos de paredes ou pisos.

Betão Armado. Mais resistente e, por isso, mais utilizado na construção estrutural, constituído por barras de aço imersas em betão de enchimento.

Metais e ligas
Aço: é uma liga de ferro e carbono, um dos metais mais utilizados na construção. Para o betão armado utiliza-se o aço em forma de barras ou fio.
ALUMÍNIO: é outro material utilizado na construção. Leve e resistente á corrosão quando oxidado, o alumínio é sobretudo utilizado em carpintaria de exteriores.

COBRE - Para o revestimento das coberturas, cabos eléctricos e canos é o metal mais utilizado.

Latão - é utilizado em instalações eléctricas e acabamentos de interior.



Materiais plásticos: os plásticos substituem cada vez mais a madeira, a cerâmica e os metais em funções não estruturais. Somais baratos, tem uma menor densidade, são isolantes e resistentes aos ataques químicos e, além disso, são fáceis de trabalhar.

Materiais impermeáveis: a função dos materiais impermeáveis é a de impedir que a humidade exterior penetre no interior e que a interior se expanda mais do que o previsto.

Os produtos impermeáveis mais utilizados:
Os produtos impermeáveis mais utilizados são as tintas termoplásticas ou betuminosas, as telas asfálticas, telas de PVC, materiais argilosos, e nos acabamentos das juntas, diversos tipos de silicone.

As Obras – (Sociedade – Tipo-III)

Processos de realojamento em bairros de construção social
A reabilitação de pessoas deslocadas de determinados Bairros ou pessoas que não tem posses suficientes para comprar casa, nem se quer através de cooperativas. A alternativa, nestes casos, poderá passar pelas habitações sociais e económicas, também designadas de custos controlados. Para a sua construção e aquisição.
O estado concebe benefícios fiscais (isenção ou redução de impostos e taxas) e parafiscais (isenção ou redução de outras custos, como escritura e, ainda financiamento bonificados para aquisição de terreno, criação de infra- estruturas e construção.
A concessão dos financiamentos pode ser através do estado, através das câmaras Municipais, instituições particulares, de solidariedade as chamadas IPSS, Cooperativas de habitação e empresas privadas.

A atribuição de fogos
A atribuição do direito à propriedade ou ao arrendamento dos fogos, cabe as entidades acima descritas. Apesar que as candidaturas devem ser apresentadas junta da Câmara Municipal ou das IPSS.

As habitações que estiverem disponíveis, é feita através de classificação ou sorteio, mediante as listas que estiverem nas Câmaras Municipais. O anúncio é feito nos jornais de maior divulgação na área de localização dos fogos ou por intermédio da afixação de editais.


Vendas
Nem todos os fogos construídos, são postos à venda. Muitos são destinados ao arrendamento com rendas baixas. É, por exemplo, o caso do programa especial de realojamento, criado em 1993, no âmbito da política de erradicação das barracas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Porém, estas instituições podem a vir a alienar os fogos aos arrendatários. Para que tal seja viável, devem ser respeitadas certas regras. Por exemplo, os fogos construídos ou adquiridos ao abrigo do programa especial de realojamento não podem ser transaccionados pelos promotores durante 15 anos, esta limitação pode ser contornada, desde que haja intervenção dos municípios ou das instituições e que o IGAPHE (entidade que pode conceder, a fundo perdido, até 50% do custo da construção ou dos fogos a comprar) esteja de acordo. As casas vendidas a arrendatários só podem ser utilizadas para habitação própria e permanente.

Venda apoiada
Existe um regime ainda mais favorável para as famílias mais desfavorecidas. Os agregados familiares realojados pelo município, em regime de arrendamento, podem ter acesso à habitação através de um sistema de venda apoiada. Além de ser permitida a compra da habitação, o estado e o município podem comparticipar até 50% do preço de venda. Para ter acesso a este financiamento, as famílias deverão residir na área do município promotor das habitações e ter um rendimento mensal bruto corrigido, em função do agregado familiar, igual ou inferior a dois salários mínimos nacionais. Em função dos seus rendimentos, podem recorrer a um empréstimo bancário para cobrir o valor não comparticipado. As Câmaras municipais intervenientes na primeira transmissão ficam com o direito de preferência nas segundas transmissões.
Se o município não exercer o se direito de preferência, este passa automaticamente ao candidato melhor posicionado na lista dos inscritos nos serviços municipais. Tanto a câmara como cada um dos contactados terão 15 dias, a contar da data em que lhes foi comunicada a intenção de venda, para decidir se estão ou não interessados no imóvel em causa.

Propriedade resolúvel
As famílias de baixo recursos que não tiverem acesso ao crédito bancário para compra de casa em venda apoiada podem ainda recorrer ao chamado sistema de propriedade resolúvel.
Este sistema é aplicado aos fogos construídos ou adquiridos para habitação social pelas entidades, atrás enumeradas que, tenham beneficiado de comparticipações estatais a fundo perdido na construção ou aquisição e que estejam já em regime de arrendamento. A habitação obtida ao abrigo deste sistema poderá ser paga, em prestações bastante acessíveis, durante 25 anos. Porém, não poderá ser vendida antes de terem decorrido 10 anos sobre a constituição da propriedade resolúvel.

S. Leonardo da Galafura

S. Leonardo de Galafura é um poema de Miguel Torga, que retrata bem a paisagem do Douro, cheia de socalcos e vinhedos, onde as pessoas vão descendo pelas encostas abruptas até chegarem ao rio.
Miguel Torga realça toda essa paisagem a partir do cima do monte, onde está uma capelinha em que o padroeiro venerado é S. Leonardo de Galafura. O poema também enaltece a beleza do rio Douro e a sua importância no transporte do vinho, naquela época.
Região que ele também conhece, não só por ser dessa Região Duriense, como frequentava bastantes vezes essas serras, pois Torga é um poeta essencialmente telúrico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

STC "poesia pela inércia"

Há um grande jogo de futebol
Entre dois rivais, é o Porto e o Benfica
Está prestes a começar
"Transmissão" é na TV, no canal da SIC.

Os jogadores já estão em campo
A bola está "parada" na marca do grande círculo
O árbitro olhou para o relógio
Levanta a mão e assopra no apito.

A bola entrou em "movimento"
Não demorou muito a ir em em direcção as redes do Benfica
O guarda rede furioso deu um chuto para a"frente"
Tirando logo a bola, dentro da sua baliza.

O Benfica não perdeu "inércia"
Indo a procura do empate
Numa jogada com passes bem delineados
De trás para a "frente", consegue um golo num grande remate.


O jogo está a ser bem disputado
Por vezes bastante viril
Os jogadores fazem faltas no campo
Nas bancadas as claques provocam-se
Criando várias cenas de "atrito".

No estádio há cenas de pancadaria
Há adeptos que vão pelo ar
São cabeças ocas, que não pensam no que isto pode dar
Parecem andar na lua com falta de "gravidad".

Entram forças de segurança, para as bancadas, prontos para actuar
Para por ordem nos adeptos, enfurecidos do Porto e do Benfica
Recuam todos para "trás", fogem todos com ansiedade
Pois não querem levar no corpo com os cassetetes da Polícia.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cultura, Língua e comunicação (Mubilidade e Urbanismo)

Cultura, Língua e comunicação (Mubilidade e Urbanismo)

Vila Pouca de Aguiar de Aguiar insere-se na grande Região natural de Trás-os-Montes, esta vila tem tido um crescimento bastante acentuado, principalmente nestas duas últimas décadas. A localização geográfica tem ajudado bastante, situa-se a meio do eixo rodoviário, entre as duas Cidades mais importante do Nordeste, Vila Real e Chaves. Estando situada num vale, em que de um lado está situada a Serra da Padrela e do outro a Serra do Alvão.
Possui uma grande diversidade de recursos naturais na sua região muito importantes, que tem contribuído para o seu desenvolvimento, estando a ser agora melhore aproveitados, dos quais se destacam, alguns:
As enormes extensões do seu vale fértil situam-se também algumas aldeias, em que partes dos seus habitantes se dedicam à criação de gado, o bovino. O caprino também tem enorme expressão na região, devido a terem enormes áreas baldias de terrenos incultos nas duas serras. A criação destes dois tipos de animais, é o que tem maior expressão na região. Havendo muitas explorações de criação e venda para fins comerciais.
A agricultura também tem grande destaque, apesar de as pessoas praticarem uma agricultura de subsistência, aparecendo aqui e acolá algumas explorações para efeitos comerciais. Esta região também tem grande apetidão florestal. Há muitas pessoas que obtêm rendimentos extras da venda de lenha ou madeira das suas propriedades ou da venda do seu fruto, como seja a castanha.
A maior riqueza deste concelho vem dos espaços florestais, que ainda povoam já nem tanto como no passado, uma grande parte das serras desta região. Foi quando entrou o regime florestal, acerca de setenta anos atrás, em que o estado tentou arborizar áreas que eram marginais para a agricultura ou que estavam sem aproveitamento. Resultado disso herdamos um património paisagístico enorme, não só porque mantêm um lindo manto verde nos montes. Podemos extrair daí muita riqueza como seja: A extracção de fungos comestíveis “cogumelos”, quando cortamos algumas árvores, para aplicar, na industria do mobiliário, na construção de casas. Extrair a resina do pinheiro sem ter necessidade de o cortar, que é uma matéria-prima muito valiosa, podendo ser aplicada quando transformada, na elaboração vários tipos de colas, pez, perfumes…
Os rendimentos destes produtos ou subprodutos, são divididos em duas partes 40% vai para os cofres do estado e os 60% vai para as juntas de freguesia ou concelhos directivos das aldeias. Isto representa uma mais-valia para o enriquecimento das comunidades locais e desta região. Há outras fontes de receitas proveniente do aluguer dos terrenos cedidos para os parques eólicos e a extracção do granito que além de criar fortes receitas para o concelho cria muitos postos de trabalho, localmente. A actividade cinegética também aqui tem forte expressão, cria riqueza local. Tudo isto serve para atrair o turismo na região.
Muitas organizações deste concelho, estão actualmente, empenhados em tirar o maior partidos de todo estes recursos naturais desta região, por isso durante o ano têm criados várias actividades para promover a região: feira anual do, granito, feira das cebolas e corridas de cavalos, feira do artesanato e do mel, feira da castanha e do cabrito…

Influência do Poder nos meios de Comunicação Social e na opinião pública.

A comunicação social teve sempre um peso muto importante, tanto no passado como nos dias de hoje. Ela pode contribuir, positivamente para o bem-estar da sociedade. Quando actua de maneira independente, não está subjugada a nenhum regime totalitário, partido político ou a qualquer outra força que a possa ser influenciada. Os regimes totalitários serviram-se dela para manipular a opinião pública, a informação quando vinha cá para fora, muitas vezes vinha muito distorcida da realidade, só divulgavam o que conviesse a esses regimes e por vezes nem sequer chegava ao conhecimento do público, muita da informação ficava na gaveta. Os meios de comunicação com mais impacto a nível Nacional, a televisão, jornais, com bastante tiragem eram sistematicamente controlados, havia muitos textos escritos em jornais, tinham que ser tirados, outras vezes eram rasurados de cima a baixo. Muitos autores que subscreviam esses textos eram perseguidos, houve muitos que foram presos em Portugal pela PIDE.
Nos países onde se vive em estado de direito democrático, em que há liberdade de imprensa, qualquer meio de comunicação social tem um papel muito relevante para a construção de uma sociedade esclarecedora, informada do que se vai passando um pouco por todo o mundo. Hoje cada vez mais, tanto na televisão, como nos grandes jornais, revistas, etc., apresentam temas bastante diversificados, não se restringem, só ao dever de informar, emitem também opiniões a cerca desses mesmos acontecimentos, por vezes, recorrem a convidados, no geral são pessoas conhecidas do grande público, com formação, nessa área. Para que as pessoas possam fazer um juízo o mais correcta possível da realidade de um determinado assunto que foi posto em consideração. Aparece muitas vezes debates tanto na televisão como na rádio do tipo prós e contra, que são programas, que nunca existiriam, em regimes ditatoriais. Porque maior parte das opiniões iriam ser censuradas.
Não quero dizer que certos meios de comunicação social, hoje em dia sejam cem por cento isentos, na informação que transmitem, alguns parecem ser um pouco tendenciosos para o partido que está a governar e por vezes certas notícias parecem vir um pouco a conveniência desse partido. Mas em contrapartida outros meios de comunicação parecem a contrabalançar e defendendo um pouco a imagem do partido ou partidos da oposição. E assim a opinião pública não sai muito prejudicada. Deste modo o melhor é ficar no que nos parece, depois de fundamentar a nossa opinião crítica.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dancer in the Dark





Realizador: Lars Von Trier
País. França
Género: Musical/Drama
Actores: Bjork, Caterine Deneuve, David Morse, Peter Stormare, Joel Grey
Protegonista. Bjork
Duração: 135 minutos
Sinopse:
Selma emigrante checa, mãe solteira, trabalha numa fábrica de moldes de metal na América rural, nos anos 60. A única alegria da sua vida, é a paixão pela música, especialmente por tudo o que se dança dos musicais de Hollywood.
Mas Selma tem um triste segredo: está a perder visão e o se filho terá a mesma sina se ela não conseguir poupar dinheiro suficiente para o fazer operar.

Resumo:
Selma é a personagem principal deste filme, em que um dia decidiu deixar, a Checoslováquia, um país da Europa de leste, e emigrar para os Estados Unidos da América. Por se rever nalguns valores culturais desse país: na música e no teatro. Chegando a participar em algumas peças teatrais. Foi também à procura de um emprego de maneira a poder-se realizar-se pessoal e profissionalmente, que o seu país não lhe deu essa oportunidade. A única ocupação que consegui arranjar foi trabalhar arduamente numa fábrica metalúrgica, para conseguir o seu sustento e juntar dinheiro, para pagar uma operação ao seu filho, porque sofria de uma doença hereditária, Selma estava consciente que ao estar a adiar por muito tempo, corria o risco de ficar cego, para toda a vida. Selma vivia esse drama, porque estava de dia para dia a perder a sua própria visão e não queria de maneira nenhuma que o seu único filho compadece-se do mesmo mal. Por causa do seu problema, foi despedida do seu emprego, já não desempenhava as suas tarefas como devia ser. A partir daqui viu a sua vida a andar para trás.
Ainda se agravou mais, quando um dia comentou o seu problema de visão ao casal, que com ela se familiarizava, dizendo-lhe que o dinheiro que guardava, podia não chegar para pagar a operação do seu filho.
Um dia o seu vizinho Bill tentou pedir-lhe dinheiro, mas ela rejeitou o seu pedido. Então ele tenta saber onde escondia a lata do dinheiro, quando teve a oportunidade vigiou-a por perto, porque sabia que ela o não consegue ver.
Quando soube que tinha sido assaltada, desconfiou logo que tinha sido Bill, foi logo estar com ele. Linda a esposa trata-a a mal, o seu marido tinha -lhe dito que ambos tinham tido um caso. Mostra-lhe uma caixa com todos os papéis do banco e expulsa-a de casa. Selma sabia que ele estava arruinado e o dinheiro que ele estava a conta-lo era o seu, tenta recupera-lo mas Bill, saca de uma arma e acaba por ficar ferido. Bill pede a ela que o mate, ela depois de resistir dolosamente, dispara nele repetidas vezes e por último, golpeia-o com a caixa de depósito na cabeça e mata-o.
Quando Selma está a ensaiar para o musical, é detida e levada para o tribunal, é acusada por homicídio e ainda com uma agravante por ser oriunda de país comunista. Ainda revela a verdade da sua situação e nega contar o segredo de Bill, tinha prometido, faze-lo. Afirmou que não tinha mais dinheiro por estar a mandar para o pai.
Foi acusada de falso testemunho e foi condenada à morte.
Katy e Jelf, devolveram a Selma o dinheiro para as custear as despesas do seu defensor, para a livrar da sentença à morte, mas Selma dispensou a defesa do seu advogado e preferiu morrer, do que o filho fiasse cego. Kathy sua amiga disse a Selma que a operação tinha sido feita com sucesso.

A Agricultura (Ciência - Tipo-II)

O azoto (N) é necessário para a síntese dos aminoácidos, que são os componentes das proteínas. Também é imprescindível para obtenção de outras biomoléculas como a clorofila. O azoto assimilável influi directamente na velocidade de crescimento e rendimento dos cultivos. Em alguns vegetais, a quantidade de proteínas aumenta com a aplicação de fertilizantes de azoto. Estes adubos aumentam a produtividade, nomeadamente nos casos de cultivo intensivo. O papel das faseoláceas na fixação do azoto atmosférico nas plantas. Actualmente, sabe-se que nos nódulos das raízes das faseoláceas existem bactérias que retêm e transformam o azoto do ar em amoníaco (NH3). A maioria das plantas, contudo, não consegue utilizar directamente o azoto atmosférico mas necessita de fertilizantes azotados que abasteçam o solo de azoto assimilável, em forma de amoníaco, derivados amoniacais ou nitratos.

Agricultura (Tecnologia - Tipo-III

Os cultivos de transgénicos
Desde os finais do século XX, as técnicas biotecnológicas estão a melhorar geneticamente as plantas cultivadas. Através destas técnicas, introduziram-se no cultivo genes de outras de plantas e de organismos inferiores, como as bactérias.
Os resultados mais satisfatórios que foram obtidos por meio de técnica são os relacionados com a transferência de genes para a resistência dos herbicidas. Assim, através deste método, obtêm-se cultivos transgénicos que podem ser tratados com herbicidas para a eliminação das ervas daninhas sem que a espécie cultivada seja afectada.
As vantagens transgénicas são importantes nos grandes cultivos já que reduzem custos, simplificam a gestão e diminuem a aplicação de pesticidas e as tarefas de ervas daninhas. Obtém-se também um maior grau de sobrevivência e tolerância e, consequentemente, um aumento de produção.
A desvantagens das plantas transgénicas é que podem produzir cruzamentos espontâneos com variedades arvenses, fazendo com que os genes que codificam a resistência se dispersem. Esta desagregação pode ter consequências imprevisíveis.

Novas tendências da agricultura
A agricultura sustentável é a agricultura capaz de satisfazer as necessidades existentes sem comprometer os recursos das gerações futuras.
O seu principal objectivo é atingir a máxima produção possível sem por em perigo o futuro sistema agrícola. Este tipo de agricultura combina, por um lado, as vantagens da agricultura positivista, fruto da revolução verde, e, por outro, as da agricultura biológica, a qual não utiliza produtos de síntese para a melhoria das colheitas.
Além de conservar a fertilidade do solo, a agricultura sustentável procura salvaguardar o meio ambiente e garantir o bem-estar daquele que trabalham a terra.
A agro-ecologia é um tipo de agricultura sustentável que considera tanto o aspecto de produção como as relações com o ambiente, de modo que o sistema agrícola não seja fechado, mas interaja com o ambiente físico, biológico e social.
A agricultura biológica, orgânica ou ecológica coincide na maioria dos seus objectivos como a agricultura sustentável, mas rejeita o uso de agricultura e de espécies transgénicas. Neste tipo de agricultura utilizam-se fertilizantes orgânicos, como o estrume, e combatem-se as pragas através de técnicas de luta biológica.

Agricultura (Sociedade - Tipo-I)

Descrição de algumas profissões ou ocupações profissionais relacionadas com a agricultura:
Engenheiro agrónomo / Engenheiro Técnico agrário /Técnico Auxiliar Agrícola. Estes podem desempenhar funções, em várias instituições:
No Estado, em serviços centrais no ministério da agricultura, Direcções regionais da Agricultura ou Delegações Locais de Agricultura. Em Cooperativas Agrícolas, Empresas ou trabalhar por conta própria (empresários agrícolas). Gestores agrícolas, Directores de marketing, Distribuidores de produtos. Armazenistas. Vendedores.
Actividades exercidas directamente no campo: Viveirista, Enxertador, Podador, Jornaleiro, Tratorista, etc.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

As migrações - Ciência - Tipo – III


A opinião de alguns autores, segundo um estudo feito em anatídeos. A Caça tem constituído um dos principais problemas, que estas aves têm que enfrentar. Nos Estados unidos da América calcula-se que, nas duas últimas duas décadas, tenham sido abatidas cerca de 20 milhões de aves por ano e 11 milhões na Europa. Pensa-se em todo o planeta são abatidas anualmente 100 milhões de anatídeos o que de tal facto representa um número astronómico. Também nos E. U.A. estima-se que, no final de cada época, 20% a 35% das aves sobreviventes sofreram algum tipo de ferimento.
A actividade cinegética tem incidências indirectas igualmente graves. A maior parte dos anatídeos começa a apresentar níveis preocupantes de envenamento por ingestão de chumbo de caça. Pensa-se que 10% dos anatídeos que frequentam áreas tradicionais de caça sucumbam devido ao saturismo. Na Cambarge (extensa zona húmida do sul de França), descobriram-se grãos de chumbo em 60% dos estômagos analisados. Pelo facto destes animais ingerirem matéria de difícil digestão (sementes), necessitam de incorporar periodicamente areia grosseira que contribui para a trituração do material celulósico. Em certas condições, a aves precisam de efectuar deslocações mais ou menos pronunciadas entre a área de alimentação e os locais fornecedores de água doce e areia. Muitas vezes, em zonas tradicionalmente frequentadas por caçadores, ingerem juntamente com a areia chumbos de caça o que conduz ao seu envenenamento já que o chumbo é extremamente tóxico (saturismo). Pensa-se que o saturismo deverá afectar uma significativa proporção de anatídeos a nível mundial.


Por estas razões, a Comunidade Europeia deverá, a prazo, proibir o uso do chumbo na prática cinegético.
Para além das actividades cinegéticas, as ameaças que incidem sobre os anatídeos são vários e quase todas elas directa ou indirectamente causadas pelo homem.Enumeraram-se a seguir as principais: cabos de transporte de energia eléctrica (provocam a morte por colisão), derrames de petróleo nas áreas costeiras (provocam a morte por afogamento, falta de isolamento térmico, etc.,), contaminação de zonas húmidas por pesticidas e drenagem de zonas húmidas ou alteração radical das mesmas.


As utilizações do domínio hídrico que podem intercalarem com as gestões dos recurso aquícolas:

INDÚSTRIA – Captação de água e lançamento de efluentes industriais;
SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO – Efluentes doméstico;
CONSUMO DOMÉSTICO – Captações de água;
NAVEGAÇÃO – Em particular os desportos náuticos a motor nas albufeiras;
EXTRAÇÃO DE ENERTES – Impactes severos, em parte nos migradores;
OBRAS HIDRÁULICAS - Tais como aproveitamento hidroeléctricos, hidroagrícolas, de fins múltiplos e construções com fins diversos, nomeadamente canais, açudes e pontes.

MINIMIZAR OS IMPACTES DE OBRAS HIDRÍCAS E OUTROS UTILIZAÇÕES DO DOMÍNIO HÍDRICO:
Promover a instalação de passagens para peixes, manutenção de caudais ecológicos e outras medidas mitigadoras;


OUTROS ANIMAIS QUE SOFREM COM A INTERVENÇÃO HUMANA
A FOCA- DA-GRONELÂNDIA (Phoca Groenlândia) – Vive um pouco por todo o lado atlântico Norte e Árctico, mas tem uma expressão prevalecente nas costas orientais do Canadá. Durante milhares de anos a foca forneceu roupa e comida a esquimós e outros povos indígenas mas este equilíbrio quebrou-se quando os europeus invadiram aquelas paragens e começaram a matar focas aos milhares para alimentar uma indústria de peles em expansão. Até meados do século passado o número de focas foi decrescendo. (Nos anos 1970 existiram cerca de dois milhões de indivíduos).
Depois começou a perceber-se que esta tem um apetite voraz e, ainda por cima, que elegeu para pitéu principal uma espécie de peixe que o homem tanto aprecia – aquele que já foi apelidado pelos portugueses como o «fiel amigo», o bacalhau-do-atlântico (gadus morhua. Ou seja, a foca entrou para a lista de animais a refugiar não porque é um animal perigoso ou porque ocupa zonas onde se quer construir campos de golfe ou aparthotéis, mas apenas porque consome muito bacalhau e há pessoas que acham que os stocks de peixe não chegam para tanta boca. Os motivos do desaparecimento do bacalhau dos mares canadianos se deve mais ao exagero das frotas pesqueiras do que ao impacto da foca.

O LOBO – Com um território que ocupa quase todo o hemisférico norte, esta espécie é um adversário de longa data dos humanos, apesar de estar na origem do nosso melhor amigo. Mais uma vez a razão para o refugo é a competição pelo alimento – os humanos criam gado e o lobo, sem pedir autorização, vai cobrando algum imposto. Só que neste caso a culpa não é inteiramente do lobo porque ao invadirmos o seu território eliminamos todos os itens da sua dieta natural. Pois, colocamos nos mesmos lugares peças apetecíveis que em tudo se assemelham às presas que o instinto do lobo manda caçar. Não é, por tanto, de admirar que, de tempos a tempos, o animal não resista, pois o lobo também não é de ferro.
É por isso que o lobo é condenado à morte. Sem direito a recurso! Para o lobo há duas estratégias diferentes subsidiar as perdas em gado ou expulsar/matar os mais atrevidos. A ex-governadora do Alasca era muito a favor desta segunda hipótese e por isso pôs os seus capangas em helicópteros a perseguir tudo o que tinha pêlo e uns caninos mais aguçados. Em contras-te na Europa, preferiu-se a ideia da compensação, mas mesmo esta parece ter limites. Que digam os três lobos que as autoridades suíças se preparam para matar com a justificação de que já comeram mais do que o seu quinhão de ovelhas. Sendo suíços as contas estão muito bem-feitas – um lobo que mate do que 25 cabeças de gado num mês ou mais de 35 numa estação é condenado há mortes. Sem direito a recurso.
Refugar três lobos poderá não parecer muito dramático, tendo em conta os preguitos causados, mas devemos lembrar-nos de que a população de lobos suíços já extingui por uma vez e que, depois da reintrodução, não deverá haver mais de seis ou sete a circundar aquelas montanhas. Ou seja, ao matar três provavelmente estar-se é a condenar o lobo suíço novamente à extinção

As migrações - Tecnologia Tipo I

(Os meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos)

O homem primitivo, começou por usar o seu próprio corpo como força motriz para se deslocar, com a evolução natural, necessitou de meios que lhe permitiam deslocar-se entre dois lugares, cada vez com maior rapidez. Com a invenção da roda, o homem foi capaz de criar meios que lhe permitiram o acesso entre esses pontos com tracção animal. No mar as primeiras embarcações eram movidas apenas pela força humana (remos).
Com os descobrimentos de novos Continentes ganhou importância uma nova forma de transporte - o barco. Mais seguro, permitia vencer as grandes rotas marítimas transportando mercadorias e armadas até regiões longínquas, inicialmente eram movidas pela força do vento, e mais tarde, com a revolução industrial, pela máquina a vapor. A necessidade crescente de comunicação entre as diferentes comunidades humanas e, sobretudo, o aparecimento da Revolução Industrial, no século XVIII, vieram modificar profundamente as formas de transporte até aí utilizadas. A descoberta de máquina a vapor (e a utilização do carvão como combustível permitiu uma importante aplicação da sua força motriz aos transportes - o caminho-de-ferro. No século XIX a descoberta de uma nova fonte de emergia – o petróleo – permitiu o desenvolvimento de novos meios de transporte – o automóvel e o avião. Os continentes cobriram-se de linhas de caminhos-de-ferro, estradas e, mais recentemente, de aeroportos. A comunicação entre os grupos humanos e as trocas de mercadorias intensificaram-se, contribuindo para a unificação dos países e a criação de um mercado nacional e internacional de produtos e matérias primas.

AS MIGRAÇÕES - SOCIEDADE TIPO - II

Relação entre fluxos migratórios com estruturas de oportunidade (económica, politica, social e cultural)

ECONOMICOS - A maioria de consequências económicas associadas aos movimentos migratórios são situações de instabilidade laboral, de precariedade, de venerabilidade e de desprotecção social, muitas vezes relacionadas com a situação ilegal do imigrante. Nas sociedades emissoras, as consequências positivas são paulatina redução da pobreza, tendência para o equilíbrio do balanço de pagamentos, atendendo as remessas de divisas que os imigrantes enviam as suas famílias, e a potencial inovação que se manifesta com os retornos.
Para o conjunto das sociedades receptoras, considera-se uma consequência positiva o aumento de mão-de-obra, quando esta não concorre, directamente com os trabalhadores nacionais, e a sua contribuição para fortalecer o sistema das pensões

SOCIAIS – O migrante têm de se integrar num novo modo de vida, de se voltar a socializar, o que constitui um desafio tanto para o migrante como para a sociedade receptora. No entanto, a realidade da migração mostra frequentemente situações de indefesa, de marginalidade e de descriminação, que podem originar guetos urbanos e actos violentos de carácter xenófobo.

CULTURAIS – Nas sociedades emissoras, o movimento de grandes contingentes de população favorecem a estagnação dos elementos culturais, impedindo uma nova ordem social e favorecendo a exposição as influências culturais externas. No âmbito das sociedades receptoras, se exceptuam as atitudes xenófobas ou raciais, a aceitação do imigrante tem como consequência um enriquecimento cultural e um passo importante para a tolerância e para o universalismo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Preconceitos
Depois de ter lido o poema de António Gedeão – LÁGRIMA DE PRETA - e debatido algumas opiniões individuais na turma sobre o seu conteúdo, leva-me agora a aprofundar mais um pouco este tema. Este poema espelha bem os preconceitos, que muitas pessoas têm em relação a um grupo humano por questões raciais, mas não é só na cor que a rejeição acontece, ela existe não só por questões raciais, como também por questões de linguística, religiosa, sexo, posição social, etc.
Todos nós, por mais que nos pareça estamos cheios de preconceitos, é certo que uns mais do que outros, a maneira como cada um lidera com eles para os ultrapassar variam de pessoa para pessoa, porque esses preconceitos que se instalam nas nossas cabeças deve-se por vezes a conceitos formados antecipadamente e sem fundamento sério, que por vezes, criamos um estado de superstição, de cegueira moral, que ao fazer um juízo prévio, anterior ao conhecimento adequado ou cabal de uma coisa. Um dos seus traços distintos é o recurso ao estereótipo, representação convencional rígida da imagem do outro.
E estas atitudes podem ser muito negativas para o relacionamento com as outras pessoas, porque o preconceito afecta a esfera das opiniões e atitudes, e nos dias de hoje, em que vivemos numa sociedade de risco, multirracial e multicultural. Veja-se o que acontece com o processo de socialização do migrante, em que esses grupos se encontram, constitui um problema de integração, por isso mostra situações de indefesa, de marginalidade e de descriminação, que originam em maior parte dos casos guetos urbanos e actos violentos de carácter xenófobo.
A aceitação do imigrante tem como consequência um enriquecimento cultural e um passo importante para a tolerância e para o universalismo. A integração dessas comunidades, nos países de acolhimento, contribui para o seu desenvolvimento, por isso, merecem ser tratadas, com dignidade, devem ter direito a exercer trabalho em condições dignas e ter os mesmos direitos e deveres das pessoas dos países de acolhimento. Para evitar que caem nas mãos de redes clandestinas operadas por grandes máfias, que os exploram sem o mínimo de escrúpulos. Também rejuvenescem a sua população. É o que acontece em muitos países dos estados membros da União Europeia que tudo parece indicar que num futuro próximo a população comece a ter um declínio demográfico.