terça-feira, 3 de novembro de 2009


Preconceitos
Depois de ter lido o poema de António Gedeão – LÁGRIMA DE PRETA - e debatido algumas opiniões individuais na turma sobre o seu conteúdo, leva-me agora a aprofundar mais um pouco este tema. Este poema espelha bem os preconceitos, que muitas pessoas têm em relação a um grupo humano por questões raciais, mas não é só na cor que a rejeição acontece, ela existe não só por questões raciais, como também por questões de linguística, religiosa, sexo, posição social, etc.
Todos nós, por mais que nos pareça estamos cheios de preconceitos, é certo que uns mais do que outros, a maneira como cada um lidera com eles para os ultrapassar variam de pessoa para pessoa, porque esses preconceitos que se instalam nas nossas cabeças deve-se por vezes a conceitos formados antecipadamente e sem fundamento sério, que por vezes, criamos um estado de superstição, de cegueira moral, que ao fazer um juízo prévio, anterior ao conhecimento adequado ou cabal de uma coisa. Um dos seus traços distintos é o recurso ao estereótipo, representação convencional rígida da imagem do outro.
E estas atitudes podem ser muito negativas para o relacionamento com as outras pessoas, porque o preconceito afecta a esfera das opiniões e atitudes, e nos dias de hoje, em que vivemos numa sociedade de risco, multirracial e multicultural. Veja-se o que acontece com o processo de socialização do migrante, em que esses grupos se encontram, constitui um problema de integração, por isso mostra situações de indefesa, de marginalidade e de descriminação, que originam em maior parte dos casos guetos urbanos e actos violentos de carácter xenófobo.
A aceitação do imigrante tem como consequência um enriquecimento cultural e um passo importante para a tolerância e para o universalismo. A integração dessas comunidades, nos países de acolhimento, contribui para o seu desenvolvimento, por isso, merecem ser tratadas, com dignidade, devem ter direito a exercer trabalho em condições dignas e ter os mesmos direitos e deveres das pessoas dos países de acolhimento. Para evitar que caem nas mãos de redes clandestinas operadas por grandes máfias, que os exploram sem o mínimo de escrúpulos. Também rejuvenescem a sua população. É o que acontece em muitos países dos estados membros da União Europeia que tudo parece indicar que num futuro próximo a população comece a ter um declínio demográfico.

Sem comentários:

Enviar um comentário