quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cultura, Língua e Comunicação 1

Os motivos económicos do investimento em arte e cultura.

O poder político, nos dias de hoje, encara a cultura como alvo estratégico, já não é vista tanto no passado como um vaso de flores que servia só para ornamentar os salões do poder ou de várias elites sociais. Vêem-na como um propulsor do desenvolvimento do país e de um factor de diferenciação e de competição que merece ser encarada como prioridade, governamental, empresarial e individual, e como canal de diálogo vital entre pessoas e instituições.
Os governantes compreendem o papel da cultura na sua verdadeira dimensão. Pretendem encaixa-la nos rótulos com que trabalham. É vista como política social, política de infra-estrutura ou política industrial, pois a cultura encarna tudo isso, ao mesmo tempo: é social, é económica, e de prazer.
Neste mundo ainda marcado por injustiças e desigualdades, está provado também que a cultura qualifica as relações sociais e reduz os focos de tensão e violência elevando a auto-estima e o sentido de pertencimento do indivíduo. Ela liga as pessoas, estimula as trocas, aproxima, identifica, enfim, valoriza tudo aquilo que o ser humano tem de melhor.
No caso das empresas, os investimentos em cultura sempre contribuem, de algum modo, para as suas actividades económicas. Existem inúmeros casos bem sucedidos de exercício da cidadania corporativa através da cultura; em que os eventos, bens e os serviços culturais contribuíram para estimular os negócios de várias empresas.
Os gestores empresariais compreendem a importãncia do papel da cultura, sua verdadeira dimensão na gestão actual. A produção cultural também é uma excelente ferramenta de comunicação e marketing, um amplificador de marcas e produtos, uma forma inteligente de conquistar corações e mentes e uma fonte de imagem limpa, rica e positiva para as empresas em busca de construção, consolidação ou renovação de marca. Além das empresas que têm na cultura a sua atividade fim, e que formam o grupo dos agentes económicos privados da economia da cultura, empresas ligadas a outras áreas da economia investiram em actividades culturais usando os benefícios fiscais das leis de incentivo do estado.
Há empresas que recorrem à cultura como exercício de responsabilidade social. Há também as que encaram seus patrocínios como instrumentos de relacionamento ou de divulgação de produtos e serviços. Há quem veja as actividades culturais como oportunidades de negócios, de construção de marca ou de revitalização de suas identidades corporativas. Todas estão certas. A cultura é isso tudo, ao mesmo tempo.
Aquelas empresas ao investirem em cultura partem em vantagens sobre outras empresas que investem menos nesta ou outras áreas, porque as pessoas quando quiserem comprar um bem ou um serviço vão escolher as empresas ou instituições que manifestem mais responsabilidade social.

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