quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

STC 1 Usos e Gestão do Tempo - Tecnologia Tipo I

Processos e tecnologias de medição do tempo.

O relógio

Chamas (Velas Cronométricas)
As chamadas velas de cera, parafina ou sebo, além das funções místicas ou, simplesmente, para clarear os ambientes, serviam também, com adaptações, marcadores do tempo.
Ao longo do corpo das velas, eram colocados marcadores, perfeitamente calibrados com a acção de queima, que determinavam o tempo decorrido, ou traços coloridos que iam sendo consumidos pela acção das chamas.
Evidentemente, esse processo só podia ser utilizado por famílias abastadas, pois eram muito caros e, convenhamos, a sua precisão questionada, pois deveriam ser utilizadas em ambientes fechados, para não haver corrente de ar para não influenciar o padrão de queima.
Na Idade Média, utilizavam-se essas velas especiais para marcar o período nocturno e pela prática, fixavam o consumo de três velas, num equivalente a uma noite.
Constam dos registos que esse processo teve maior difusão na Inglaterra. A fabricação dessas velas dependia de um "MIX" operacional e de matéria-prima, dignos de nota: o material utilizado, além dos componentes químicos, necessitava de uma compactação para dar a dureza exacta às velas, para serem consumidas proporcionalmente.
Padronizadas, eram confeccionadas com 12 polegadas de comprimento (304,80 milímetros), para um consumo de 3 polegadas a cada hora, ou seja, uma vela a cada 4 horas, ou 6 velas durante o dia.


Relógio de Pêndulo
Quando em 1595, Galileu, ao assistir a uma missa na catedral de Piza, observando a oscilação de um lustre, formalizou a sua famosa teoria sobre os pêndulos, não podia imaginar que estivesse contribuindo extraordinariamente para a evolução da horometria.
Após quase 1 século do descobrimento de Galileu, em meados do século XVII, o cientista holandês
Christian Huygens, construiu, com um funcionamento bastante precisa, um relógio de pêndulo, utilizando-se da descoberta do famoso astrónomo.
Grosso modo, o enunciado de Galileu concluía que todos os pêndulos de mesmo comprimento e massa, demoravam sempre o mesmo período de tempo para realizar a sua oscilação total, ou, completa.

Relógio Digital
Com o avanço da electrónica e o surgimento dos circuitos integrados (CI), a construção de um relógio totalmente electrónico foi decorrência, digamos, até natural. Tendo essas características fundamentais, não é constituído por partes móveis, factor esse que o torna imune aos problemas resultantes de vibrações ou outras distorções que afectam um relógio, digamos semi-mecânico, apresentando como consequência, uma maior precisão e uma vida útil mais longa.
Não necessita de "corda, pois é totalmente mantido numa operação constante por um oscilador de cristal, incomensuravelmente estável.
Todo o circuito de mensuração de tempo esta reunido em um só circuito integrado.
Nesse tipo de relógio, influencias externas como a temperatura, por exemplo, são praticamente nulas.
Em síntese, poderíamos exemplificar a estrutura funcional desses relógios em quatro componentes fundamentais que são: circuito de alimentação; um oscilador de cristal; um circuito integrado (CI- praticamente é o relógio); um "display"ou mostrador.

Sem comentários:

Enviar um comentário